
Quem bem me conhece sabe que odeio cães. Mas já tive uma cadela: Julieta, uma dálmata.
Acima de tudo, este poema é para os "amigos-cães" que temos a felicidade de encontrar vida fora.
É também uma espécie de homenagem a um outro poeta leiriense. A biblioteca municipal tem o seu nome: Afonso Lopes Vieira.
O cão
Que faz ão, ão
É bom amigo como os que o são!
É bom amigo, bom companheiro,
É valente, fiel, verdadeiro,
Leal, serviçal,
E tem bom coração
Que o diga o seu dono, se ele o tem ou não!
Quem vem de fora, a gente
E chega a casa, é o cão
Quem diz primeiro, todo prazenteiro,
Saltando e rindo
Contente,
E com olhos a brilhar de amor:
- "Ora seja bem vindo
O meu senhor"
Que faz ão, ão É bom amigo como os que o são!
Afonso Lopes Vieira nasceu em Leiria em 1878.
Este escritor esteve envolvido em campanhas e projectos pessoais de revalorização do património e da cultura portugueses.
Poeta tradicionalista, revalorizou temas e formas do repertório lírico nacional, num estilo simples de sabor popular. Faleceu em 1946.
Este escritor esteve envolvido em campanhas e projectos pessoais de revalorização do património e da cultura portugueses.
Poeta tradicionalista, revalorizou temas e formas do repertório lírico nacional, num estilo simples de sabor popular. Faleceu em 1946.
1 comentário:
poema porreiraço! gostei.
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